O cenário actual é adverso ao desenvolvimento regular das actividades de investigação, afectando fortemente todas as actividades com uma forte componente experimental, por um período de tempo ainda indeterminado.

Sugere-se assim que os orientadores/supervisores, responsáveis de grupos e investigadores principais:

• mantenham o contacto regular com todos os membros das suas equipas e colaborações, de forma a manter a coesão das equipas, a ligação entre todos, e a quebrar o isolamento social que naturalmente surge nestes cenários – quando regressarmos à normalidade, terá valido a pena alimentar o “espírito de corpo’.  Exemplos de iniciativas incluem cafés virtuais regulares, reuniões sociais de grupos ou de projectos (Happy Hours), ou mobilização para projectos do centro/grupo ligados à resposta à pandemia;

• façam uma gestão cuidada das vossas próprias expectativas e das expectativas dos investigadores com que trabalham relativamente aos objectivos a atingir durante este período, tendo em atenção i) a ausência de condições de trabalho ideais – quer em termos físicos, quer em termos de vivência científica, ii) o isolamento em que muitos investigadores actualmente se encontram (ao qual uns serão mais sensíveis do que outros), iii) a falta de acesso a recursos muitas vezes críticos para a continuação e a realização dos trabalhos, e iv) a pressão para a realização de outras actividades em contexto remoto/isolamento social (e.g. leccionação, “home schooling”, apoio à família);

• redireccionem o vosso trabalho e o plano de trabalho dos vossos orientandos/equipas para actividades que podem ser efectuadas remotamente, assumindo a extensão do período de trabalho de remoto por alguns meses. Actividades possíveis incluem a preparação de projectos, a escrita de artigos/teses, a formação remota e actualização científica/técnica, fortalecimento por via remota das actividades de networking/colaboração com colaboradores internacionais;

• explorem a transição de algumas das actividades que decorriam presencialmente e.g. seminários, workshops, reuniões de discussão, para sessões a decorrer exclusivamente remotamente, aproveitando as ferramentas existentes e.g. seminários de investigação ou colóquios, com participação exclusivamente remota, promovendo a sua divulgação globalmente (quer ao nível do IST quer ao nível das vossas comunidades de investigação);

• iniciem a reflexão e o planeamento para o processo de transição para um cenário pós-pandemia, i) considerando o suporte/apoio a todos os estudantes de doutoramento/investigadores não permanentes, e em particular a continuação/prolongamento de bolsas/contratos/teses, mantendo-se actualizados sobre as decisões das entidades financiadoras e comunicando-as às suas equipas, tentando diminuir o nível de ansiedade dos investigadores não permanentes, ii) repensando a organização e operação futura dos próprios projectos de investigação, aproveitando a experiência/ferramentas  de trabalho remoto para o aumento da eficiência dos processos internos das equipas/projectos.